10 Regras na criação de filhos que desafiam o bom senso

Crianças
Há 1 semana

Você já se deparou com aquelas regras de criação de crianças que parecem desafiar completamente o bom senso? São tantas ideias diferentes que fica difícil saber qual é a melhor abordagem. Mas e se disséssemos que algumas dessas regras comuns podem não ser tão eficazes quanto pensamos? Por exemplo, será que elogiar realmente «estraga» as crianças? Vamos explorar essa questão e outras que causam debates acalorados, não apenas entre especialistas, pais e cuidadores, mas também em discussões cotidianas, seja dentro ou fora da internet.

1. Colocar uma criança de castigo se ela tira notas ruins na escola

Segundo especialistas, a abordagem deve ser focada em ajudar a criança a melhorar, em vez de apenas aplicar castigos. É importante compreender que as notas baixas podem ser resultado de diversas razões, como falta de estudo, problemas emocionais ou dificuldades com determinadas matérias. Simplesmente punir a criança pode não ser eficaz para resolver o problema. É mais proveitoso investigar a causa das notas baixas e oferecer à criança o apoio necessário, seja auxiliando-a a estudar mais, dando suporte com as matérias em que tem dificuldade ou oferecendo apoio emocional.

2. Usar recompensas materiais para incentivar o bom comportamento

O uso de recompensas materiais para incentivar o bom comportamento é uma prática comum, porém, alguns especialistas destacam que elogios e tempo de qualidade são mais eficazes. Isso significa que, em vez de apenas dar presentes ou recompensas materiais, elogiar e passar tempo juntos pode ser mais significativo e ter um impacto mais positivo no comportamento da criança.

3. Forçar as crianças a cumprimentar as visitas por «educação»

É comum que crianças com menos de 3 anos não cumprimentem os adultos. Elas ainda estão aprendendo regras sociais e podem não entender por que devem cumprimentar. Em vez de forçar, os cuidadores podem dar o exemplo cumprimentando uns aos outros e aos filhos com frequência. É melhor usar uma abordagem gentil e paciente ao ensinar boas maneiras, em vez de brigar ou forçar a criança a cumprimentar.

4. Dizer que é necessário «engolir o choro», pois o choro não resolve nada

Desencorajar as crianças a chorar pode ter efeitos negativos em seu desenvolvimento emocional. É importante permitir que as crianças expressem suas emoções, como dor e frustração, através do choro. Em vez de dizer para «engolir o choro» e ignorar suas emoções, os cuidadores devem ser encorajados a validar os sentimentos das crianças e oferecer apoio emocional, o que pode ajudá-las a se sentirem compreendidas e aceitas, e não como um incômodo.

5. Presentear o aniversariante e o irmão para evitar chateações ou ciúmes

Outra regra que divide opiniões é a expectativa de que os cuidadores ou até mesmo as visitas presenteiem tanto o aniversariante quanto o irmão para evitar chateações, ciúmes ou como forma de gentileza. Recentemente, um vídeo de uma mãe chamada Nívia Berenguel sobre o assunto viralizou, recebendo mais de 30 mil comentários. No vídeo, Nívia afirmou: «A regra é clara: quando você vai ao aniversário de uma criança que tem irmão, você leva presente para os dois.» A postagem gerou debates acalorados. Uma internauta discordou da regra, dizendo: «Jamais! A criança precisa aprender que nem sempre ela tem que ganhar, ou será o dia dela.» Outra também criticou: «Não concordo, é uma gentileza, mas não uma regra.» E você, de qual lado está?

6. Impor que «limpe o prato» para não desperdiçar comida

Insistir para que uma criança limpe o prato não é a melhor abordagem. Especialistas sugerem evitar conflitos à mesa e oferecer opções saudáveis, permitindo que a criança pare de comer quando estiver satisfeita. Eles também destacam a importância de modelar hábitos alimentares positivos e limitar os lanches pouco saudáveis entre as refeições.

7. Valorizar uma obediência sem questionamento, pois os mais velhos sempre têm razão

Esse estilo de criação é conhecido como autoritário. Nele, os cuidadores esperam que as crianças sigam suas regras sem questionar, pois acreditam que sempre sabem o que é melhor. Isso significa que as regras são muito rígidas e não há espaço para conversas ou negociações. As crianças simplesmente precisam obedecer. Esse tipo de abordagem pode fazer com que as crianças sintam que não têm liberdade para pensar por si mesmas e que sempre precisam de alguém para lhes dizer o que fazer. Como resultado, elas podem ter dificuldade em tomar decisões por conta própria e em confiar em seus próprios julgamentos.

8. Não elogiar, pois «estraga» o comportamento

Há quem conteste a ideia de que elogiar demais pode estragar o comportamento das crianças. Especialistas sugerem que elogios específicos e direcionados são, na verdade, importantes para ajudar as crianças a se comportarem melhor. Ao elogiar as ações positivas de maneira clara, os cuidadores podem incentivar comportamentos desejados de forma eficaz.

9. Omitir problemas familiares, porque é «coisa de adulto»

Evitar falar com as crianças sobre problemas familiares, como eventos trágicos, porque os adultos acham que é algo que elas não devem saber, pode causar mais danos do que proteção. Segundo especialistas, abrir espaço para essas conversas pode fazer com que as crianças se sintam mais seguras e compreendidas. Ao guiarem as conversas, compartilharem seus próprios sentimentos e fornecerem informações honestas, os adultos ajudam as crianças a enfrentarem essas situações de forma mais saudável, promovendo um ambiente de confiança e apoio emocional.

10. Comparar conquistas como forma de inspiração

Comparar as realizações das crianças para incentivá-las pode acabar prejudicando sua autoestima e confiança. Elas podem se sentir pressionadas a serem como os outros, em vez de abraçarem suas próprias habilidades e interesses. É mais benéfico valorizar as conquistas individuais de cada criança e incentivá-las a seguir seu próprio caminho, construindo assim uma base sólida para o desenvolvimento saudável.

Continuando o assunto sobre criação de crianças, a seguir, conheceremos a história de uma mãe desesperada que procurou conselhos para lidar com seu filho. E as dicas que ela recebeu podem ser úteis para muitos pais e cuidadores. Confira no próximo artigo.

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